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- Publicado: 07/05/2018
- Categoria: Informação
Más Mães
É assim todos os anos.
No primeiro domingo de Maio, as redes sociais enchem-se de fotos e posts com as “melhores mães do Mundo”.
Mas este é um dia difícil para muitas: as filhas das más mães.
Em terapia, tenho trabalhado com dezenas de casos destes. Tantos, na verdade, que este tema há anos que passou a integrar o nível dois dos workshops do Círculo Perfeito, para levantar uma pontinha do véu sobre este elefante na sala da vida familiar que pode, entre muitas coisas, deixar sentimentos ambíguos em relação à nossa experiência (presente ou futura) da maternidade.
Não há uma escala comparativa de más mães nem existe obrigatoriamente um padrão materno onde encaixem.
Uma mulher que dedicou a sua vida exclusivamente à família, não é imperativamente melhor mãe do que uma que seguiu a sua carreira e ambições – nem vice-versa. A avaliação é sempre feita pelos filhos – à luz das necessidades que sentem que não foram respondidas e pelo vazio que isso gerou – e não pelo julgamento alheio.
A percepção de se ter tido uma má mãe é por isso uma experiência individual e pessoal, que pode dificultar o caminho para o entendimento de quem somos e do Amor que achamos merecer, com consequências diretas na forma como nos vemos, como cuidamos de nós e como construímos os nossos relacionamentos (amorosos ou outros) durante a nossa vida adulta.
Se nos calhou uma realidade distinta, podemos começar por abandonar o discurso paternalista quando alguém nos confessa ter tido uma má mãe – e sim, o verbo é mesmo confessar porque o assunto é sempre falado num misto de secretismo, vergonha e culpa. Temos tendência em cair em lugares-comuns para responder coisas como “mas ela é tua mãe”, “coitada, já está velha”, “ela sempre me pareceu ótima pessoa” ou “tens de pôr isso para trás das costas” mas isto não acrescenta nem ajuda.
Para ti, que sentes que tens/tiveste uma má mãe, se lês em inglês, deixo-te algumas sugestões de livros sobre o tema:
You’re not crazy – it’s your mother!
Dear Daughter of a Narcissistic mother (…)
Will I ever be good enough?
When you and your mother can’t be friends
The emotionally absent mother
Se sentes que é tempo de trabalhares esta questão, envia-me uma mensagem com o assunto ‘6 Maio’.
Tens 20% de desconto durante este mês na primeira sessão e és livre de decidir depois se queres ou não continuar.
Hoje, só quero que saibas que há como atenuar essa dor e que não estás sozinha ❤️