Amor de Mãe

O nível 2 dos workshops CP é o meu “bebé” mais querido. Não só porque ainda é um bebé comparado com o CP1 mas também porque, depois de vermos e revermos regras básicas e avançadas de controlo natural de fertilidade, cruzamento de indicadores, gráficos, gráficos e mais gráficos e ainda, nesta edição, a análise dos casos de duas das participantes neste CP2 – com gráficos! 🙂 – tratamos, entre outras coisas, de um tema que me é particularmente caro: a relação mãe e filha.

Quem conhece o meu trabalho de perto sabe o quanto gosto de chamar a atenção para o corpo físico e para o que é material: “se é aqui que está o sintoma, é aqui que encontramos pistas para começar”.
Mas ao fim de vários anos a acompanhar ciclos menstruais, (in)fertilidades, abortos espontâneos/retidos e hipno-partos comecei a encontrar padrões que têm origem num outro corpo: o psico-emocional.

Durante a nossa vida, ocupamos três Casas (e é delas que tratamos no CP2):
– aquele que escolhemos para ser o nosso lar
– o nosso corpo
– o útero da nossa mãe.

“Ah, não preciso disso. Tenho um bom relacionamento com a minha mãe”.
Ótimo. Porém não se trata de avaliar se se dão bem ou mal.
Trata-se, sim, de entender de que forma a relação que construímos connosco, com o nosso corpo e com os outros, foi moldada pela mãe que tivemos e pelo amor que aprendemos a dar e a receber.
A boa notícia é que, tal como o ciclo nos ensina, tudo muda/pode mudar.

Hoje a minha mãe faz anos.

O CP2 é também um pequenino agradecimento a ela, por tudo o que me continua a ensinar, mesmo sem saber.

Bons Ciclos,