sonho plano desejo

Um sonho sem um plano…

Dizia alguém que um sonho sem um plano é só um desejo…

Fecho o ano de 2017 com 45 gravidezes contabilizadas (sim! um quatro e um cinco! ??✨ e nem imagino quantas ajudei a evitar), quase duas dezenas de amenorreias resolvidas, centenas de ciclos a regular e de fases lúteas a crescer, miomas a reduzir e ainda uma dúzia de hipno-partos. E estou tão agradecida a todas as que confiaram em mim e no meu trabalho, por tudo o que me ensinaram mesmo sem saberem…

Com elas confirmei, uma e outra e outra vez, que a cabeça e o coração têm de estar a uma só voz para que os objetivos se cumpram e, sobretudo, que nada no corpo das mulheres é um sprint; que somos maratonistas, seres de longo-curso, de médio-prazo e, por isso, as pressas não são para nós – quer estejamos a tentar engravidar, a descobrir os nossos ciclos ou a começar o método natural de fertilidade.

Vi muitas lágrimas de alegria, muitos gráficos, muitos mucos, muitos positivos a ganhar forma ainda antes de testes feitos, mas mentiria se não dissesse que também assisti a perdas, objetivos por cumprir, muita dispersão, decisões precipitadas, sonhos sem plano…

Nestas alturas, lembro-me sempre de uma entrevista que li há anos à Rosa Mota, onde ela dizia que enquanto corria uma maratona nunca pensava na meta. Focava-se apenas em dar um passo de cada vez – o melhor passo que conseguia.

Como a Rosa, também nós só precisamos de dar um passo – “o melhor passo” – de cada vez.

Por isso, para 2018 desejo a todas que consigam fazer com que “menos seja mais”. Menos pressa e mais foco, qualquer que seja o objetivo, porque às vezes, menos é mesmo mais.

Mais fácil dito que feito, bem sei, mas tudo começa por definirmos que maratona queremos correr e por nos fazermos as perguntas certas: como me preparo física e psicologicamente? esta corrida é por mim ou pelos outros? estou a competir com alguém? qual o melhor preparador/treinador para me ajudar? e se eu não atingir a meta, o que é que isso faz de mim?

Meio caminho andado para nos libertarmos de pequenas ansiedades, comparações, relacionamentos vazios e informação inútil, é começar por coisas simples. Mesmo simples, como:

– fechar as dezenas de tabs abertas no computador (e na cabeça!);
– reduzir o tempo nas redes sociais e deixar de seguir tudo o que não nos inspira, faz rir ou aprender;
– falar menos sobre ‘nada’;
– deixar cair items da bucketlist que foram mero impulso ou não têm data de concretização;
– investir em relações “de verdade” e nos afetos;

E porquê? Porque a tristeza, o queixume, a inveja e a maledicência adoram companhia mas focam-nos no problema e não na solução. Porque a dispersão diminui investimento real e assertividade, confunde e frustra. Porque “se quero mesmo correr esta maratona tenho de fazer disso prioridade” e para isso é necessário tempo e foco interior, e é preciso investir em relações “a sério” que nos garantam apoio e suporte.

Por fim, basta adicionar uma dose diária, ainda que pequena, de gentileza (connosco e com os outros) porque ela nunca falha em fazer a diferença e ajuda-nos a alinhar a cabeça com o coração.

Que neste ano que agora chega possamos escolher bem as nossas maratonas e sigamos, cada uma no seu caminho, a passo firme.

2018 será o que quisermos fazer dele.

Feliz novo ciclo!

P.S.- no final de 2017 decidi fechar o grupo de facebook a quem ainda não participou numa formação do Círculo Perfeito (workshop, programa de acompanhamento ou sessão individual). Assim, o grupo fica agora como continuação das relações de carne e osso que começaram “lá fora” e como ponto de encontro e partilha das que estão num mesmo caminho.
Não foi uma decisão tremendamente popular mas vai no sentido daquilo que escolhi para 2018: que menos seja mais.
Terei eliminado algumas pessoas por engano. Se foi o teu caso, envia-me uma mensagem de FB ou mail para te voltar a incluir no grupo. Há novidades sem breve! ?
A página de facebook e o site continuam, claro, abertos a todas.